segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia de Portugal 2013







Ouvi com os meus ouvidos ou pleonasmo da ideia feita?
Embora com antecipada expectativa de não ir ouvir nada de novo, lá liguei a TV para ver e sobretudo ouvir o que neste dia de Portugal se iria dizer. Como deverão entender, a expectativa ia sobretudo para o discurso do PR.

Acabou por não ser uma desilusão, mas antes uma decepção, frustrante em toda a sua plenitude. Não o poderemos considerar apócrifo, pois o seu conteúdo foi, certamente, bem pensado.

Tratou-se de um discurso em perfeita desconexão com realidade presente, falando mais do passado, acrítico, inerte e inócuo sem qualquer evidência de interesse ou preocupação substantiva em focar, mesmo que ao de leve, os reais problemas que afligem a grande maioria dos Cidadãos Portugueses.

Evocar num discurso  ─ que se esperava fosse de estadista preocupado com as assimetrias da sociedade portuguesa, desemprego, pobreza, falta de entendimento político dos partidos, imprecisões dos técnicos governativos ou a sua incompetência e falta de sensibilidade social  ─ vir falar entre outras vulgaridades, da deficiente qualidade dos nossos solos agrícolas, a boa performance do concentrado de tomate…é de facto fazer um discurso para dizer nada.
Reiterou portanto aquilo que temos vindo a inculcar na nossa opinião: o PR poderia ser o último bastião de esperança, garante de uma mudança de regime; os seus poderes constitucionais permitir-lhe-iam actuar nesse sentido. Poderia ser, mas não é.
Cada dia que passa, mais demonstra que não é capaz de o fazer, não sendo mais do que uma figura decorativa, sem expressão politica, pior: sem acção consequente.

Salvou a ocasião e o evento, o discurso do Silva Peneda, que utilizou argumentação sobre os principais problemas nacionais com uma terminologia nova, inovadora, perfeitamente consentânea com a realidade que vivemos, isto para quem o conseguiu entender.

Continuo com a Bandeira Nacional hasteada no muro de minha casa. Continuo a ser Português com muito orgulho,  mas custa-me, cada vez mais, assistir impávido à continuidade destas palhaçadas!

Ps. Surpresa foi de facto o PR ter ido cumprimentar os antigos combatentes. Porque terá sido?


1 comentário:

  1. Conheci e aprendi a amar esse país.Um país desbravador,que luta com dignidade para manter direitos adquiridos,conquistados durante uma longa caminhada.

    Respeito ao povo Português.Respeitem quem trabalha para sustentar o país. Respeitem que já lutou pelo país.Respeitem os professores, as crianças,os trabalhadores e aposentados.
    Respeitem o país dos descobrimentos,do Fernando Pessoa, José Saramago e de tantos outros, famosos ou anônimos.

    Respeitem e amem seu país.Defendam-no.




    Abraço a ti, José.


    Ana Simões

    ResponderEliminar