quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A saúde, em Portugal, mata que se farta...



Saúde - diagnósticos complementares?
Há que morrer primeiro para provar que não existem…atempadamente.

Pegando num assunto que está na ordem do dia (de facto desde há muito, embora com mais acuidade durante os últimos dois anos) e a propósito de:

1.       A demora na marcação de consultas, testes complementares de saúde, intervenções cirúrgicas, com especial relevância em especialidades.

2.       A evidente falta de meios que alguns hospitais e centros de saúde enfrentam

3.       A declarada cruzada do governo actual em reduzir as despesas na área da saúde (entre outras igualmente essenciais)

4.       O evidente envelhecimento da população e concomitante aumento de risco à doença em geral

5.       A comprovada insuficiência financeira da maioria dos reformados para suportarem os recorrentes aumentos de custos com a saúde (entre outros)

6.       A declarada e executada politica deste governo em não pagar aos centros de diagnóstico o valor adequado aos custos, nomeadamente no campo das especialidades de maior complexidade e/ou requerendo equipamentos de elevado custo

Ocorreu-me questionar, por oposição às propaladas economias nesta área, outros diferentes custos de estrutura do Estado, tais como:

1.       Os salários dos governantes, desde o do primeiro ministro ao do mais modesto colaborador, por ministério, bem como deputados, funcionários da AR e salários das estruturas partidocráticas das EPP e IPP incluindo camaras municipais.

2.       Comparar, desde o início de funções até hoje, quais os níveis de redução desses salários

3.       Efectuar o levantamento das reduções em despesas primárias do estado e despesas de capital, incluindo frotas automóvel e assessorias jurídicas

4.       Comparar esses níveis com os que têm sido aplicados a:

a.       Reduções implantadas ás pensões de reforma

b.       Reduções de comparticipação nas despesas de saúde

c.        Redução do poder de compra dos cidadãos por aumento dos serviços essenciais, tais como água, energia eléctrica, gás e  transportes

5.       Fazer o balanço final, com soma de todas as rúbricas.

6.       Tenho poucas dúvidas que o balanço será a favor dos cortes sobre as condições de vida (e morte) dos cidadãos. 

Como cidadão na casa dos 70 anos, sinto todos os dias, cada vez mais, que esta política contém virulência suficiente para reduzir drasticamente a longevidade dos cidadãos em geral, sobretudo a dos reformados, prosseguindo, indecorosamente, de forma cínica e autopática, na aplicação de políticas supostamente autistas ─ evidenciando um claro  e  não disfarçado sequer ─ sentimento de desprezo, considerando-nos como descartáveis.

Por isto tudo, vou reforçando aos meus filhos o conselho sentido e ajuizado para que emigrem. 

Este país já não é para velhos, pior… muito menos para jovens.
Nota: O Paulo Macedo será possivelmente dos melhores ministros deste governo. Considero que se tem esforçado por implantar novas regras e procedimentos a saudar. Todavia parece-me estar manietado a números globais de difícil prossecução, isto para além da resistência recorrente dos interesses corporativos instalados.

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