Simplesmente desenhos da minha filhota Joana que fez agora 16 anos, com um talento imenso. Sou, podem crer, um pai babado!
domingo, 22 de setembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
A Coreofrasia eleitoral e não só...
A arte de dizer coisas, umas sem sentido ou sem nexo, outras
mantendo esses atributos mas com intenções simplesmente falaciosas ─ umas proferidas
em tom tonitruante, outras em forma coloquial, com ar sério e convicto ─ são recorrentemente
praticadas por todos os agentes políticos, muito em especial no decorrer das
campanhas eleitorais como a que atravessamos, com a intenção clara de baralhar
os cidadãos, induzindo-os a acreditar na imagem formatada por essa via, mais do
que naquilo que não entenderam, levando-os a supor que esse facto se deve a exiguidade
cultural própria, nunca má-fé intencional do discursante.
Pior ainda ocorre quando em grande parte dos discursos o seu
conteúdo contradiz o que os próprios proferiram antes, noutras ou em
circunstâncias idênticas. Como a memória invariavelmente é curta, essas
contradições passam despercebidas, levando o cidadão inapto quanto a um
elemento fundamental de juízo: avaliar o caracter de quem fala, prometendo ou
simplesmente tentando levar a intuir que o que diz naquele momento é o que
verdadeiramente conta.
É portanto fundamental que atentemos, no que esta gente; uns
candidatos, outros do governo ou dos diferentes aparelhos partidários, todos
com maior ou menor grau de serventia à partidocracia existente, disseram, dizem
e continuarão certamente a dizer e efectuar uma tentativa séria em entender ou saber interpretar o que ouvirem,
não o que dizem, mas o que pretenderão atingir, pela forma como o proferem.
Assim, a pouco mais de uma semana das eleições autárquicas,
volto a apelar a todos que reflictam na necessidade de dar votos a quem não
merece, recomendando a postura preconizada pela filosofia abstencionista militante.
(abstenção pura, votar branco ou nulo)
Por se tratarem no fundo de eleições relacionadas com a
proximidade local, tendo subjacente o conhecimento mais pessoal dos diferentes
candidatos, abrirei aqui uma excepção: sugiro, de acordo com esse conhecimento
e como alternativa ao abstencionismo militante, o voto
em candidatos independentes, não incluídos nas máquinas partidárias.
domingo, 8 de setembro de 2013
A burrice do maniqueísmo político
Poderemos hoje considerar, sem
grande possibilidade de errar, que o nosso actual regime se encontra ─ mercê da
actuação de todos os partidos políticos, sobretudo com mais elevada culpa dos de maior dimensão ─ bloqueado num beco em que o
maniqueísmo partidocrático impera desregradamente, manifestando-se recorrentemente, quer por palavras, quer por
atitudes. Só não o vê, quem não quer ver.
Não se tratam de posições
distintas e opostas com caracter evanescente, mas antes, para nossa desgraça,
de concepções profundamente embutidas, defendidas convictamente, numa luta
suicida sem qualquer nível de racionalidade sensorial face à realidade, ambas
defendendo o intangível em perfeito estado de obnubilação.
Como tem vindo historicamente a
ser comprovado em casos semelhantes, seremos nós, comuns-cidadãos, a pagar este
estado de permanente retaliação autista.
Por isto e pelo que se adivinha
por aí vir, direi estarmos no limiar de um pródromo de auto-aniquilação como
país, conduzidos por políticos incompetentes, inconscientes e sectaristas,
defendendo sobretudo os interesses da sua clientela politica, muito mais que os
interesses do país e dos cidadãos que o integram.
Assim, considerando que de poucas
alternativas dispomos, teremos que ser nós, cidadãos, a alterar este estado de
coisas. Haverá por certo, vários caminhos para lá chegar.
Para começar, teremos de mostrar
um cartão vermelho aos partidos políticos, começando por demonstra-lo nas
urnas. Não votar, votar branco ou nulo serão formas explícitas de desagrado e repúdio.
Se a terapêutica se demonstrar
insuficiente, teremos então de nos juntar de outra forma, aliás já com alguma
disseminação: criar movimentos independentes da actual partidocracia, aumentando suficientemente a massa crítica por forma a defender a nossa cidadania.
Foto: Briosa-NSD
Subscrever:
Mensagens (Atom)