domingo, 8 de setembro de 2013

A burrice do maniqueísmo político



Poderemos hoje considerar, sem grande possibilidade de errar, que o nosso actual regime se encontra ─ mercê da actuação de todos os partidos políticos, sobretudo com mais elevada culpa dos de maior dimensão ─  bloqueado num beco em que o maniqueísmo partidocrático impera desregradamente, manifestando-se recorrentemente, quer por palavras, quer por atitudes. Só não o vê, quem não quer ver. 
Não se tratam de posições distintas e opostas com caracter evanescente, mas antes, para nossa desgraça, de concepções profundamente embutidas, defendidas convictamente, numa luta suicida sem qualquer nível de racionalidade sensorial face à realidade, ambas defendendo o intangível em perfeito estado de obnubilação. 

Como tem vindo historicamente a ser comprovado em casos semelhantes, seremos nós, comuns-cidadãos, a pagar este estado de permanente retaliação autista.

Por isto e pelo que se adivinha por aí vir, direi estarmos no limiar de um pródromo de auto-aniquilação como país, conduzidos por políticos incompetentes, inconscientes e sectaristas, defendendo sobretudo os interesses da sua clientela politica, muito mais que os interesses do país e dos cidadãos que o integram.

Assim, considerando que de poucas alternativas dispomos, teremos que ser nós, cidadãos, a alterar este estado de coisas. Haverá por certo, vários caminhos para lá chegar.

Para começar, teremos de mostrar um cartão vermelho aos partidos políticos, começando por demonstra-lo nas urnas. Não votar, votar branco ou nulo serão formas explícitas de desagrado e repúdio.

Se a terapêutica se demonstrar insuficiente, teremos então de nos juntar de outra forma, aliás já com alguma disseminação: criar movimentos independentes da actual partidocracia, aumentando suficientemente a massa crítica por forma a defender a nossa cidadania.

Foto: Briosa-NSD

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