Poderemos hoje considerar, sem
grande possibilidade de errar, que o nosso actual regime se encontra ─ mercê da
actuação de todos os partidos políticos, sobretudo com mais elevada culpa dos de maior dimensão ─ bloqueado num beco em que o
maniqueísmo partidocrático impera desregradamente, manifestando-se recorrentemente, quer por palavras, quer por
atitudes. Só não o vê, quem não quer ver.
Não se tratam de posições
distintas e opostas com caracter evanescente, mas antes, para nossa desgraça,
de concepções profundamente embutidas, defendidas convictamente, numa luta
suicida sem qualquer nível de racionalidade sensorial face à realidade, ambas
defendendo o intangível em perfeito estado de obnubilação.
Como tem vindo historicamente a
ser comprovado em casos semelhantes, seremos nós, comuns-cidadãos, a pagar este
estado de permanente retaliação autista.
Por isto e pelo que se adivinha
por aí vir, direi estarmos no limiar de um pródromo de auto-aniquilação como
país, conduzidos por políticos incompetentes, inconscientes e sectaristas,
defendendo sobretudo os interesses da sua clientela politica, muito mais que os
interesses do país e dos cidadãos que o integram.
Assim, considerando que de poucas
alternativas dispomos, teremos que ser nós, cidadãos, a alterar este estado de
coisas. Haverá por certo, vários caminhos para lá chegar.
Para começar, teremos de mostrar
um cartão vermelho aos partidos políticos, começando por demonstra-lo nas
urnas. Não votar, votar branco ou nulo serão formas explícitas de desagrado e repúdio.
Se a terapêutica se demonstrar
insuficiente, teremos então de nos juntar de outra forma, aliás já com alguma
disseminação: criar movimentos independentes da actual partidocracia, aumentando suficientemente a massa crítica por forma a defender a nossa cidadania.
Foto: Briosa-NSD
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