Partilhando....

Enquanto dava mais um pequeno avanço no "neurónios" (está quase acabado!) a minha filhota Rita fazia-me companhia no atlier, partilhando comigo a quietude da noite e inspiração, dando largas à sua imensa criatividade, desenvolvendo mais algumas das suas magnificas peças de artesanato urbano.
Caso se interessem por esta (dela) arte, recomendo uma visita ao seu site : www.detoqui.blogspot.com
A Joana, num intervalo do Disney Channel, fez-nos um pouco de companhia. O Miguel está por certo navegando na net!

Marte e quejandos...

Por ser um amigo e ex-camarada de guerra, que muito prezo, lúcido e contundente critico dos tempos que atravessamos, transcrevo texto que ontem divulgou por mail, para familiares e amigos:


"Espero que tenham visto no último Expresso como é mentira tudo (TUDO!) o que disseram, por várias fontes, sobre Marte e a sua aproximação da Terra, a data, enfim… Portanto, nem olhem para o céu, que não vale a pena. Ou, melhor, olhem para o céu, que vale sempre a pena, mas não para verem os efeitos espectaculares de Marte que, um deles, não cabia na minha cabeça: a aproximação tão grande que seria visto como uma segunda Lua. A sê-lo, estaríamos agora, nós, no céu, como pequenos grãos de merda cósmica a gravitar à volta do Sol. A Internet está a tornar-se, em vez do contrário, um sítio de ignorantes, de estúpidos, de medíocres, dessa corja toda. Quase tudo o que recebo é mau: desde avisos de perigo imediato por qualquer coisa até à CocaCola que dissolve os dentes (experimentem pô-los em vinagre ou em limão, tão naturais, e vejam o que também lhes acontece – temos ácido clorídrico no nosso estômago, caramba!), passando por Marte a passar nos nossos cabelos ou por outras porcarias feitas em PowerPoint cheias de rodriguinhos, de toscos e despropositados efeitos especiais, cheias de nada. Tudo tem de ser visual, tudo tem de ter efeitos, ser bonitinho. Pois eu, que sou directo, digo PORRA! Tenham um bom dia 27, sem Marte a fazer cócegas. Olhem para o ar e, como eu, aqui na aldeia, vejam a Via Láctea, nossa galáxia a enlaçar-nos como pode, sem efeitos nem mijocas, ali, toda dolente e lúbrica, nossa mãe e amante."

Manuel Galo Faria

Neurónios...Quase terminado

Falta pouco, mas ainda não está acabado!

trabalho em acrílico, tela de 2000 x 1300 mm

O melhor Amigo

Regressados de Creta, os filhotes Joana e Miguel, já mexem, de novo!
Entrando no Messenger, deparei-me, no endereço da Joana, (12) com a expressão/título: "Adoro-te Miguel, és o meu melhor Amigo!"
O Miguel tem agora 15 anos.
Entre ambos sempre houve de facto um grande carinho, que se vai cimentando, felizmente.
Sabe bem, é gostoso ter filhotes assim.
Ambos, mais a Rita, (19) vão estar comigo até finais de Setembro. Já ia sendo tempo. Tenho saudades deles!
Oxalá o tempo esteja bom!

Ainda a propósito do acordo ortográfico...

Desaguei, sem dar por isso, na biografia de João Guimarães Rosa e devo confessar, nunca ter lido nada dele, o que é imperdoável. Assim, e quanto mais me embrenhava , mais ia concluindo que houve sempre alguém, como ele neste particular, inconformadamente defensor da pluralidade léxica, neste caso, a do idioma português.
A este propósito, valerá a pena citar o que Guimarães Rosa escreveu em 1956:

"Escrevo, e creio que este é o meu aparelho de controle: o idioma português, tal como o usamos no Brasil; entretanto, no fundo , enquanto vou escrevendo, eu traduzo, extraio de muitos outros idiomas. Disso resultam meus livros, escritos em idioma próprio, meu, e pode-se deduzir daí que não me submeto à tirania da gramática e dos dicionários dos outros.
Se tem de haver uma fase feita, eu preferia que me chamassem de reacionário da íngua, pois quero voltar a dia à origem da língua, lá onde a palavra ainda está nas entranhas da alma, para poder lhe dar luz segundo a minha imagem.
Eu quero tudo: o mineiro, o brasileiro, o português, o latim, talvez até o esquimó e o tártaro. Queria a linguagem que se falava antes de Babel.
Amo a língua, realmente a amo como se ama uma pessoa. Isso é importante, pois sem esse amor pessoal, por assim dizer, não funciona. Quando escrevo repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente"

Talvez por isso, continue a admirar Ferreira de Castro (também ele escreveu sobre o sertão) e Aquilino Ribeiro, entre outros, que no idioma português escreveram sobre as gentes, utilizando as suas locuções e vocábulos populares nos genuínos vernáculos locais.

Albertina Mântua

Homenagem à minha querida professora, Albertina Mântua, com a qual tive o previlégio de aprender muito do que hoje sei e me tem servido amiudadas vezes, de inspiração.
A tela acima é uma composição sua. dos anos 90. A tela abaixo, é uma composição minha, meu modesto contributo, homenageando-a.
Nasceu no ano de 1929 em Lisboa, tendo-se licenciado na Escola Superior de Belas-Artes. Foi das poucas mulheres a participar nos primeiros momentos da intervenção surrealista, destacando-se os cadavre-exquis realizados em parceria com Vespeira. Partindo desse universo na década de 50, Albertina Mântua cruza múltiplas referências, desde Max Ernest a Magritte, com citações que recuam a Bosch, passando pelo Simbolismo e pelo Romantismo.
Foi um raro prazer poder comungar com ela o gosto pelo desenho e pintura, que ainda hoje perdura.

Coincidências

Ontem e hoje dias de coincidências...
A Joana Completo tem presentemente uma exposição de pintura em Lisboa, no Palácio das Galveias. Fui convidado por ela para a inauguração, a que não fui. (com muita pena) Tinha programado ir ontem até lá, dia 8 de Agosto.
Coincidência primeira: morreu ontem o Raul Solnado, (provavelmente, para quem não saiba, o maior comediante português , do século passado) e os seus restos mortais foram colocados no Palácio das Galveias até hoje ao fim do dia. É óbvio que não fui ver a exposição da Joana.
Coincidência segunda: os meus filhotes Miguel e Joana chegam hoje, com a mãe, de Creta. Em conversa pelo telefone, hoje de manhã com o meu amigo e ex-camarada de guerra João Pires, soube que o seu filho, parte hoje para Creta.
Coincidências...

Agora são três!

O mais recente chegado. Companheiro de petisqueiras, barbudo, como o dono.
O Terry e o Snow, têm agora concorrência