Acabei de escutar e ver a "quadratura do circulo" agora recomposta por ausência do representante habitual do PS, alegadamente por estar ocupado com a campanha ao município de Lisboa.
Independentemente da vossa opinião, caso tenham visto/escutado, a minha é muito clara.
Três fazedores de opinião, mais ou menos ligados a partidos políticos, representantes comprovados dos três principais partidos mais votados nas últimas eleições, falaram durante quase uma hora dissecando a actualidade política, face aos últimos acontecimentos envolvendo os principais actores da actual telenovela mediática: Presidente vs Governo/Ps establishment.
Devo dizer-vos, desde já, que para mim, a partir da metade do tempo previsto, me foi penoso aguentar até ao fim. Todavia, estoicamente lá me mantive, até ao final.
Em exercício meramente eidético, se requerido, ser-me-ia extremamente difícil efectuar um resumo adequadamente claro, posto que, não obstante me considerar medianamente culto e informado, não entendi nada do que os ilustres oradores disseram, a não ser o que sub-entendidamente pretenderam dizer para " os segmentos de mercado para que assumidamente estavam a falar".
Essa constatação não me aflige de sobremaneira, posto que já se me vai tornando habitual presenciar e assistir a tais comportamentos, alegadamente representativos " da maioria do povo"
Daí a minha assumida desilusão, o meu descrédito e demérito incontornável que atribuo à classe política, razões mais que sobejas para me conduzirem ao meu actual estado de descrédito, na classe política em geral.
Volvendo à "quadratura do círculo" de hoje, extrapolando as minhas evocadas dúvidas de compreensão sobre o que foi falado, pergunto:
-Afinal aquela gente falou para quem?
-Quiseram dizer o quê?
-Porque não falam claro de molde a toda a gente entender?
-Falaram para entendedores de português, mirandês, minderico ou qualquer outro dialecto vernáculo cabalístico por descobrir?
É evidente que esta é a grande questão em Democracia.
Falar claro representa assumir compromissos, compromissos que representem uma efectiva satisfação das necessidades básicas, da maioria da população, sobretudo daquela mais necessitada ou que menor poder reivindicativo possui.
Teremos de reconhecer que tem vindo a crescer uma franja política significativa e alegadamente representativa de defesa dos interesses dos mais fracos.
Todavia persiste-me a dúvida: estarão esses agrupamentos, partidos políticos, efectivamente interessados no amelhoramento das classes e indivíduos que alegam representar, ou serão mais uma corja defendendo os seus próprios interesses de classe e inerentes recompensas materiais que o sistema magnanimamente coloca à sua disposição?
Acho que devemos, temos obrigação, de persistir na vigilância, metódica e implacável de tudo o que os eleitos vão aplicando em nome daqueles que os elegeram.
Eu que não votei, remeto-me e aceito portanto o indeclinável dever ético de me abster em matéria de representatividade político/partidária, mas não de ser amordaçado no indelével direito de clamar e reclamar as injustiças que o presente sistema representa com perfeita impunidade, para os seus actores, através de práticas políticas com contornos escandalosamente falaciosos.
Esta foi a minha conduta anterior, enquanto votei, sentindo-me quase sempre com algum sentimento de culpa mais ou menos directo, sobretudo quando o grupo político em que havia votado representava ou executava, só ou acompanhado, políticas erradas ou erróneas, lesivas da própria Democracia, muitas vezes.
Acho que hoje estou muito menos condicionado para reclamar, sem sentimento de culpa.
Tal como muita gente, também eu defendo a Democracia Representativa. Neste momento, temos de admitir o que é incontornável: 39,4% de abstenção, (passiva ou militante) corresponde, de facto, à maior representatividade dos eleitores inscritos.
Se este número não vier a servir de reflexão aos políticos, então a nossa Democracia estará a criar todas as condições para ficar ainda mais doente.
Independentemente da vossa opinião, caso tenham visto/escutado, a minha é muito clara.
Três fazedores de opinião, mais ou menos ligados a partidos políticos, representantes comprovados dos três principais partidos mais votados nas últimas eleições, falaram durante quase uma hora dissecando a actualidade política, face aos últimos acontecimentos envolvendo os principais actores da actual telenovela mediática: Presidente vs Governo/Ps establishment.
Devo dizer-vos, desde já, que para mim, a partir da metade do tempo previsto, me foi penoso aguentar até ao fim. Todavia, estoicamente lá me mantive, até ao final.
Em exercício meramente eidético, se requerido, ser-me-ia extremamente difícil efectuar um resumo adequadamente claro, posto que, não obstante me considerar medianamente culto e informado, não entendi nada do que os ilustres oradores disseram, a não ser o que sub-entendidamente pretenderam dizer para " os segmentos de mercado para que assumidamente estavam a falar".
Essa constatação não me aflige de sobremaneira, posto que já se me vai tornando habitual presenciar e assistir a tais comportamentos, alegadamente representativos " da maioria do povo"
Daí a minha assumida desilusão, o meu descrédito e demérito incontornável que atribuo à classe política, razões mais que sobejas para me conduzirem ao meu actual estado de descrédito, na classe política em geral.
Volvendo à "quadratura do círculo" de hoje, extrapolando as minhas evocadas dúvidas de compreensão sobre o que foi falado, pergunto:
-Afinal aquela gente falou para quem?
-Quiseram dizer o quê?
-Porque não falam claro de molde a toda a gente entender?
-Falaram para entendedores de português, mirandês, minderico ou qualquer outro dialecto vernáculo cabalístico por descobrir?
É evidente que esta é a grande questão em Democracia.
Falar claro representa assumir compromissos, compromissos que representem uma efectiva satisfação das necessidades básicas, da maioria da população, sobretudo daquela mais necessitada ou que menor poder reivindicativo possui.
Teremos de reconhecer que tem vindo a crescer uma franja política significativa e alegadamente representativa de defesa dos interesses dos mais fracos.
Todavia persiste-me a dúvida: estarão esses agrupamentos, partidos políticos, efectivamente interessados no amelhoramento das classes e indivíduos que alegam representar, ou serão mais uma corja defendendo os seus próprios interesses de classe e inerentes recompensas materiais que o sistema magnanimamente coloca à sua disposição?
Acho que devemos, temos obrigação, de persistir na vigilância, metódica e implacável de tudo o que os eleitos vão aplicando em nome daqueles que os elegeram.
Eu que não votei, remeto-me e aceito portanto o indeclinável dever ético de me abster em matéria de representatividade político/partidária, mas não de ser amordaçado no indelével direito de clamar e reclamar as injustiças que o presente sistema representa com perfeita impunidade, para os seus actores, através de práticas políticas com contornos escandalosamente falaciosos.
Esta foi a minha conduta anterior, enquanto votei, sentindo-me quase sempre com algum sentimento de culpa mais ou menos directo, sobretudo quando o grupo político em que havia votado representava ou executava, só ou acompanhado, políticas erradas ou erróneas, lesivas da própria Democracia, muitas vezes.
Acho que hoje estou muito menos condicionado para reclamar, sem sentimento de culpa.
Tal como muita gente, também eu defendo a Democracia Representativa. Neste momento, temos de admitir o que é incontornável: 39,4% de abstenção, (passiva ou militante) corresponde, de facto, à maior representatividade dos eleitores inscritos.
Se este número não vier a servir de reflexão aos políticos, então a nossa Democracia estará a criar todas as condições para ficar ainda mais doente.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBom dia, aqui são 11:18.
ResponderEliminarMuito obrigada pelo seus carinhosos comentários, muito honrada me sinto e nem sei ao certo se mereço tanto, mas Vera é muito especial, eu por outro lado sou apenas uma ilusão de escritora, sei que nem todos sonhos são possíveis e este livro que as vezes imagino é justamente por vezes minha maior tristeza. Mas a vida é assim, então vivo com aquilo que conquisto mesmo que não seja o que queria. Enfim me estendi demais, acho que só caberia te agradecer, alguns assuntos nem ficam bem abertos em público. Se quiser pode ler e apagar.
Beijo Grande meu lindo e encantador amigo, do outro lado do mar.
Renata
JOSÉ FERREIRA
ResponderEliminarMeu Caro,
Acabei de ler a tua página e reconforto-me em saber que, também tu, defendes a Democracia Representativa e o que te move é, já o tinha percebido, o alerta ou chamada de atenção que possa, eventualmente, chegar aos políticos na esperança de que estes, em vez de balcanizados e a falar para as suas clientelas, sem as perderrem de vista, se recentrem na busca do bem comum.
Não vi a Quadratura do Círculo já que, a essa hora, entregava-me a escrever a minha página Desconfiança a Rodos e, por isso, dela, especificamente, não poderei falar.
Mas ainda bem que escrevi Desconfiança a Rodos!
Dessa não me livro eu e, como tu, julgo que também comungamos embora eu continue a votar.
Mas, sobre isso, já escrevemos, tu e eu!
Um abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 4 de Outubro de 2009
Quanto ao teu inflamado discurso, só tenho uma palavra a dizer: "apoiado!" (por muitos...). Sim, vimos o programa, e essa é, de facto, a ideia que fica.
ResponderEliminarBeijos de uma abstencionista militante,
Vera
JOSÉ FERREIRA
ResponderEliminarCaríssimo,
O prometido é devido e aqui me tens a felicitar-te na data do teu aniversário ...
Deduzo que sejas um republicano dos quatro costados!?
Mas, ainda que não fosses felicitava-te à mesma e sem nenhum partis pris!
Para ti e para todos os teus um excelente dia e muitas felicidades!
Um grande abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Outubro de 2009
Caríssimo,
ResponderEliminarReitero, reconhecidamente, os meus melhores agradecimentos.
Aproveito para confirmar que herdei o ardor e convicções republicanas, que estoicamente vou tentando manter. Tento exercitar tanto quanto posso o sentido critico e, quem me dera ter a facilidade do Eça para expressar o desencanto e descontentamento!
Obrigado mais uma vez.
1 abraço
Zém
Zé (ou Zém)
ResponderEliminarVenho aqui
azougadamente felicitá-lo pelo seu aniversário
e pelo seu blog!
Saudações Republicanas, embora eu, quando se trata de faz de conta, prefiro as monarquias.
Um abraço
Manuela Baptista
PARABÉNS.
ResponderEliminarMUITAS FELICIDADES, QUE VOCÊ CONTINUE ASSIM SEMPRE GENTIL, ENCANTADOR, E TENTE LEMBRAr NA HORA DA BIG FESTA DA SUA AMIGA BRASILEIRA.
Vou ficar infelizmente fora do ar, ontem me estressei com a operadora e acabei cancelando tudo e agora a idiota terá sinal por 2 ou 5 dias e olhe lá. Se não conseguir acessar mais deixo beijosssssssss e muitas felicidades você merece.
Beijos
Renata
Parabéns meu Amigo, Zé Ferreira.
ResponderEliminarFelicidade para você, que aprendi a gostar pelo que pinta da vida em suas telas, da emoção rasgada, por vezes clara como espuma do mar, leve e em outras caminhos que chama de Neurônios, e fico sempre há esperar que me surpreenda pois só os jovens ainda nos dão esta alegria e você é assim jovem, neste pouco tempo que nos encontramos só me deu alegrias e a honra de tê-lo como meu amigo de pensamentos pois é assim que nos encontramos pensando sempre, dividindo e nos acarinhando. Que hoje tenha vinho, teu prato preferido, sua sobremesa que te faz voltar a infância e amigos muitos para brindarem esta idade nova.
Renata hoje Rê como me chamam.
BEIJO e um grande ABRAÇO.
Ás musas,
ResponderEliminarVera
Obrigado pelo apoio, explícito, de "abstencionista militante". Poucos mas bons, fazem muitos! (já vamos sendo bastantes !?)
Rê,
A ternura das tuas palavras inebriam mais que o hálito de Baco! Espero que a previsível interrupção da tua presença no éter seja breve. Fazes falta como epicentro, confluente de culturas, talvez "eponte" sobre esta imensa massa de água que nos separa.
Manuela,
Meramente como exercício faz de conta, cito-lhe, de autor desconhecido, uma das definições de Monarquia que retive:
"sucessão sucessiva de sucessões (ou sucessores) que se sucedem sucessivamente sem cessar, só cessando por secessão..." se bem me lembro, era mais ou menos isto.
Não pretendo qualificar ou desqualificar a Monarquia. Como julgo já ter entendido, também a República actual não me deixa exultante.
A todas e todos,
Muito obrigado pelos vossos votos e felicitações aniversariantes.
Não obstante não vos conhecer pessoalmente, na esmagadora maioria, o vosso calor humano transcendeu de longe tudo o que para hoje almejei. Talvez por isso, até a República foi relegada para lugar secundário.
Bem hajam!
Zé
Ps. Agora sim, vou acabar a garrafa de espumante que já deve estar na temperatura ideal. (não a bebi antes, pois tive de levar os miúdos a casa da mãe e fui eu a conduzir)
Liberto, agora, dessa condicionante, beberei com prazer, à vossa saúde!
Bom dia.
ResponderEliminarVocê é muito chique, lindo. Mas quero saber da festa, ainda tenho uns dias de internet, me conte antes que fique ausente.
Beijo
Renata
Querida Rê,
ResponderEliminarNão houve festa não. Passei o dia chuvoso, triste e cinzento com os filhotes, dentro de casa, que aqui estiveram desde Sexta-Feira. Ontem à noite, bem noite adentro, hoje de madrugada já, escrevi no teu blogue, inspirado, um comentário lindo de se ler, (poderá ter sido efeito do espumante...) ouvindo estas escolhas musicais tuas de Chopin e Shubert. Não sei como fiz, mas já depois de ter colocado o código, desapareceu tudo!
Espero que te possas manter por aí, no éter, por muito tempo.
Tu fazes falta neste espaço, pelo menos para mim. Vai ser duro estar sem ti uns dias, poucos espero!
Beijo grande e terno como a música da nocturna de Chopin,
Zé
Bom dia, aqui 08:03 de uma manhã de sol.
ResponderEliminarVoltei meu amigo, e tudo recomeça, agora estou livre de fios, coloquei um mini modem da TIM e posso levá-lo para onde for, a velocidade é pobre, mas chega de me estressar e pagar pelo o que não uso.
BEijos
Renata