quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Panados, panados e...mais panados
Ontem jantei em casa de uma grande, querida e velha amiga. Não teve nada de especial a não ser os gratos momentos que passamos e partilhamos juntos, cavaqueando (também sobre o Cavaco) ela, o marido, o filho, a nora e os seus dois netos (estes foram para a cama cedo, pois estamos em período de aulas)
O que me aqui me faz postar hoje é tão só a curiosa e assaz inultrapassável evidência de que as memórias, (enquanto a Alzheimer não toma conta delas) nos fazem constantemente recordar que a vivência nos enriquece, culturalmente, todos os dias. (já o Luiz Vaz o dizia...)
Assim e porque o jantar, para além da sopinha, foi composto por panados de porco...
Recordo...
Faz muitos anos, a primeira vez que arribei a Milão, fiquei instalado no Hotel Duomo. (muito perto da praça onde se situa a catedral "Duomo" de Milão)
Sendo que era algo tarde, já com algumas horas de sol posto, estando faminto, não conhecendo a cidade, não querendo arriscar comer numa qualquer tasca, resolvi jantar no hotel. No restaurante e após a abordagem solícita do chefe de mesa, pedi no meu melhor italiano/espanholado se podia comer uma refeição tipicamente milanesa, pedido que foi entendido com promessa de pronta execução.
Assim foi de facto.
Espanto maior, não poderia ter quando me deparo com o prato ofertado:"Costoleta alla milanese" , que não é mais do que uma febra de porco panada.
Digo espanto, não porque cá em Portugal também se comesse essa "iguaria", mas porque na capital do país da minha primeira mulher, Viena de Austria, essa "iguaria" ali se comia também como especialidade local, designada, neste caso, como "Wiener schnitzel" Tratava-se de facto exactamente da mesma coisa, com nomes diversos
Conhecendo depois um pouco melhor Milão (fui lá pelo menos 14 vezes, que me recorde) os seus costumes e artes, incluindo a arquitectura, percebi melhor o que representou a influência do então Império Austro-Húngaro.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Boa noite, Zé.
ResponderEliminarApesar de ter sumido e não ter ido visitar-me, aqui estou. No Brasil ainda são 20:53, e estou no laptop a escrever para ti e matar saudades e me deparo com comida e sempre saborosa, aqui no Brasil chamamos de Milanesa.
Beijo