sábado, 14 de novembro de 2009

Gato por lebre, ou qualidade?


Foi com alguma carga de nostalgia, por um lado e surpresa, por outro, que fui confrontado com a recente gastronómica reunião dos cineastas,  Coppola e  Cronenberg e o escritor DeLillo no restaurante Visconde da Luz em Cascais.

Nostalgia, pois o Visconde da Luz, foi durante bastante tempo, o meu restaurante de eleição, quer em festejos familiares, quer em eventos profissionais.

Aí me acolhiam sempre com  amigável simpatia  e profissionalismo à prova de bala um dos proprietários, o Casaleiro (já arredado faz tempo) o Xico Freire ou o Manel Cerqueira.

Surpresa, porque não obstante a enorme quantidade de oferta existente na área, alguém tenha tido a ideia de escolher o Visconde da Luz ( suponho que terá sido do Paulo Branco) para satisfazer os assumidos requintados gostos gastronómicos de tão importantes figuras da cultura Universal.

Desde que me mudei para esta zona Eiriceirence, que deixei de frequentar tão assiduamente o Visconde da Luz.
Faz já  mais de 6 anos que ali não poiso. De facto, também aqui , nesta zona, se come muito bem, incluindo o peixe fresco e o marisco.

Finalizo, expressando a razão principal desta asserção.

Quando a qualidade persiste e sobrevive tanto tempo, valerá a pena perguntar:

Porque continua a subsistir a intenção, a prática, de vender gato por lebre?

Finalmente e para que não sobreviva a ideia errada que só se come bem em restaurantes caros, (neste caso, através da quase apologia ao Visconde da Luz) devo confessar a minha, ainda hoje inculcada apetência para experimentar ou petiscar nas chamadas tascas, ou restaurantes familiares.

Recordo por exemplo, as paradigmáticas tascas nortenhas, que, pessoalmente, considero  como dos grandes expoentes da arte de bem comer, " A Tasca da Vila Meã  e o "Aleixo", ambas no Porto.

3 comentários:



  1. Acho mal esses dois (Coppola e Cronenberg) não me terem convidado para almoçar. Afinal vejo-lhes os filmes todos!

    Falando de tascas e de Cascais, também se come bem e barato no "Pereira".
    Tem um pernil de porco maravilhoso e joaquinzinhos com açorda politicamente incorrectos.

    Apenas um enorme defeito, saímos de lá com o cabelo a cheirar a fritos!

    um abraço

    Manuela Baptista

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  2. JOSÉ FERREIRA


    Meu Caro,

    E, já agora, num registo intermédio mas muito requintado, a Garrett do Estoril, hoje propriedade do tal Casaleiro que referes e que a transformou em lugar de excelentes comesainas:

    Refeições, doces e salgados, só aberta até às dezanove horas ( único senão! ).

    Bom a valer e sempre bem recebidos pelo anfitrião, arredado do Visconde mas que encheu a Garrett de luz!

    Abraços,


    Jaime Latino Ferreira
    Estoril, 14 de Novembro de 2009

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  3. Manuela e Jaime,

    Muito grato fico pelas vossas dicas comensais que registei.

    Não sabia que o Casaleiro tinha partido para outra, pois a última vez que estive "chez Visconde" só me disseram que ele já não fazia parte da sociedade.

    Para que se instale Justiça devida, terei de dizer que se come muito bem, dum modo geral, por todo o lado deste cantinho à beira mar plantado.

    A falta de ventilação nas salas de abancamento, é em geral o grande óbice, pelo menos para mim, que suporto mal o cheiro a comida, sobretudo após a refeição.

    Abraços,

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