Porque não fiz o que muitos colegas meus fizeram, com a minha idade - fugir para fora do país - acabei por estar presente, como muitos outros milhares de jovens portugueses, numa das frentes de guerra que o Estado Colonial, mantinha em três países africanos. (designados, na altura, como províncias ultramarinas) .
Recordo-me, que, em Angola, onde estive em serviço, 27 meses o maior medo que se nos deparava, era invariavelmente ter de fazer trajectos rodoviários, quer em colunas militares puras, quer em protecção a colunas de reabastecimento civil, sempre em pisos de terra batida, designadas por “picadas”.
Isto por duas simples razões.
A primeira ser potencialmente vítima da explosão de uma mina anti-carro, a segunda, ser simultaneamente sujeito a uma emboscada.
A segunda poderia suceder sem a ocorrência da primeira, sendo todavia, ambas igualmente letais.
A segunda poderia suceder sem a ocorrência da primeira, sendo todavia, ambas igualmente letais.
Tratava-se, evidentemente, de uma guerra em que os diferentes povos autóctones locais (de norte a sul, de formas diferentes, diga-se) defendiam a independência do seu território, colonizado durante séculos, condição que viria a ser reconhecida, quando nós, aqui, obtivemos a democracia.
Apelida-los, como o regime político dessa época utilizou, politicamente, designando-os de “terroristas” foi termo com que nunca concordei.
Isto porque, a utilização de minas anti-carro ou anti-pessoais, neste caso, têm de ser consideradas militarmente como normais, num teatro de guerra aberta, não utilizadas para atacar populações civis, mas sim as tropas inimigas.
Após este prólogo, julgo poder expressar o meu mais veemente repúdio pelas técnicas “terroristas” essas sim, “terroristas” utilizadas por diversos movimentos ou facções, alegadamente políticos, religiosos ou o que sejam, utilizando o terror, no uso indiscriminado de bombas em espaços repletos de civis, como meio para atingirem os seus propósitos.
Deverão neste âmbito ser incluídas as acções recorrentes de movimentos como os dos talibãs, no Afeganistão, da ETA no País Basco, (e não só) do agora mais sossegado, IRA na Irlanda, isto claro, sem esquecer a influência, mortífera e nefasta acção - directa ou indirecta - nos diferentes cenários internacionais da Al-Qaeda, não esquecendo outros como as FARC na Colômbia, senhores da guerra e droga espalhados um pouco por todo o Planeta.
Chamem-lhes o que quiserem, mas actos destes, não passam de atentados cobardemente perpetrados, a coberto de alegadas ideologias, politicas ou religiosas, assassinando populações indefesas, humanos, crianças, mulheres e homens.
Chamem-lhes o que quiserem, mas actos destes, não passam de atentados cobardemente perpetrados, a coberto de alegadas ideologias, politicas ou religiosas, assassinando populações indefesas, humanos, crianças, mulheres e homens.
Assim, claramente, o que repudio frontalmente, e considero que tem de ser duramente combatido é o facto de que esses grupos ainda não se tenham apercebido que continuam a actuar, impunemente, com uma completa ausência de princípios Humanistas, injectando, psicologicamente ideais fundamentalistas, corrosivos, desprovidos de qualquer Essência Civilizacional Fundamental, induzindo e mentalizando jovens a auto-liquidarem-se, assassinando, por arrasto, outros ou a liquidarem directamente milhares de inocentes, que nada têm a ver com os princípios e os valores que alegadamente dizem defender.
Julgo que nenhuma religião, credo religioso ou político, pode impunemente, justificar continuar a matar, estropiar e destruir só simplesmente por seguirem as suas enviesadas leis e credos, considerando que estas, são de per si, justificação para tais actos.
Será que no século XXI, conseguiremos deixar que o terror continue a imperar, deste modo?
Não, certamente que não, mas...
...há que mudar este estado de coisas.
Como?
Não sei, exactamente, mas ...
...suponho, sem grande margem de erro, que terá de ser com duro sacrifício, sobretudo para os que o mal propagam, aos que nada de mal fizeram.
Bolas!
Ou será que, mesmo de bengala, terei de ir à guerra de novo?
Não, certamente que não, mas...
...há que mudar este estado de coisas.
Como?
Não sei, exactamente, mas ...
...suponho, sem grande margem de erro, que terá de ser com duro sacrifício, sobretudo para os que o mal propagam, aos que nada de mal fizeram.
Bolas!
Ou será que, mesmo de bengala, terei de ir à guerra de novo?
José,
ResponderEliminartu falas com Deus constantemente...Teu post mostra claramente!
...
Há muitas Guerras a serem vencidas.A primeira delas é a indiferença,que transforma nosso próximo em coisas,mercadorias,ou nada...É uma ganância desenfreada,uma constante luta pelo "poder"...Uma ideologia barata que aliena,que mata,destrói e faz adeptos com uma rapidez alucinante...
...
Amigo, está tudo bem aqui.Estou de férias e tenho saído com os filhotes,só isso!Eita que só me ausentei um pouquinho!rsrsrsrs
E que tela sumiu???Tudo bem contigo?
Beijoquinhas carinhosas,
Linda Simões
Oi, linda
ResponderEliminarAinda bem que estás curtindo com os filhotes!
Falar com Deus é falar contigo, comigo, com todos que eu possa sentir..
..é poder ter raiva, é poder ter ternura, é poder me perder, por aí não aceitando o que mal me faz, mas sobretudo reconhecer e ficar zangado com o Mal que se vai fazendo aos Inocentes, aos que nada têm, aos que não se podem defender.
Obrigado Linda, querida amiga.
Perdoa por te chatear na hora de estares aí com a filhada, mas felizmente vieste na hora certa!
São 01:50h da madrugada estou um pouco cansado, mas bem comigo, contigo Amiga!
Beijo grande e goza bem essas férias!
Falar com Deus é isso mesmo... Sem amarras a qualquer religião,sem crenças vazias,sem deuses de ouro ou de barro...
ResponderEliminar...
Não me chateias,só me alegras.
Beijoquinhas de carinho,sempre
JOSÉ FERREIRA
ResponderEliminarCaríssimo,
Falar com Deus é falar com e respeitar o Outro e, por isso mesmo, vencer ou melhor, neutralizar o terror passa por inviabilizá-lo politicamente despindo-o das roupagens de que se traveste quer sejam elas políticas ou religiosas já que o que o move tem uma relação letal com os tráficos e sejam eles os de armas, de drogas ou de pessoas como se tem vindo a comprovar ...
Terror!
Insisto, terror e não terrorismo e até pelo que neste texto alegas em relação aos movimentos de libertação das ex-colónias de África!!
Terror, simplesmente terror, inominável terror manchado de sangue e sequestrador de políticas e religiões, de ideais e de causas e que à Democracia a desafia a ir mais longe, a aprofundar-se no seu incansável e subterrâneo encalce!!!
Assim é, abraços
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Janeiro de 2010